Os lugares que frequentamos e as pessoas que estão à nossa volta vão ficando invisíveis com o passar do tempo. Aos poucos, nossa atenção encontra novos alvos e a paisagem some, como somem os rostos e a realidade particular de cada um, até que não reste quase nada. E, no entanto, estão todos vivos a nosso lado, e o sol se põe de um modo que um dia nos pareceu tão bonito, e aquela mulher canta de um jeito que antes nos fascinava tanto. Esse mundo querido ficou invisível para nós porque nos acostumamos com ele – e acostumar-se quer dizer não mais notar, não ouvir e talvez amar um pouco menos. Mas toda a beleza perdida aparece outra vez quando abrimos os olhos e vemos tudo de novo – como da primeira vez.
(Luiz Carlos Lisboa, “O som do silêncio”, Editora Verus, página 79)
Sunset Swing - Flickr
Olhar Mutante 
Olhar com olhos novos, com ar de novidade as “mesmices”, faz a rotina ficar com vergonha e ir bailar por um tempo.
ótimo post, adorei!
Beijos
Oi, Mary_Flor. Obrigado pela visita e pelo comentário. Estou de acordo: é preciso renovar o olhar, mudar nossa visão em relação ao mundo (mesmo que o mundo pareça o mesmo). E aqui vai uma dica: esse livro “O som do silêncio” do Luiz Carlos Lisboa é fantástico. Tem muito mais lá (de onde veio esse texto do post). Beijos e continue aparecendo.