Arquivo | maio, 2010

O Sétimo Selo

18 maio

Fazia um bom tempo que eu queria assistir ao filme “O Sétimo Selo” (1956), do renomado cineasta sueco Ingmar Bergman. Mas somente esse fim de semana que passou é que finalmente assisti a esse clássico do cinema. Não pretendo aqui escrever sua sinopse, nem tampouco fazer sua resenha, pois não sou especialista em cinema e muitos já o fizeram aqui, ali e acolá. O que pretendo compartilhar são as impressões, sentimentos e reflexões que emergiram após o término do filme.

Para quem não assistiu, resumidamente o filme narra a história de um cavaleiro cristão e seu escudeiro que, após retornarem das Cruzadas, encontram um cenário de desolação, peste e morte. Em diversas cenas, o cavaleiro se encontra com a Morte e jogam xadrez entre si.

O Sétimo Selo

A Morte e o cavaleiro jogam xadrez

Em meu entendimento, o jogo de xadrez pode ser visto como uma metáfora da vida. As peças, o tabuleiro e as regras seriam as condições básicas e em comum a todos os seres humanos. No entanto, embora existam essas condições em comum (peças, tabuleiro, regras), cada um de nós joga a sua própria maneira, conforme o contexto, valores, princípios, expectativas, medos e desejos. Embora a condição inicial seja a mesma para todos, cada jogo será diferente do outro.

E nesse jogo de xadrez, todos inexoravelmente vamos perder. Xeque-mate. Xeque-morte. Mas, apesar dessa “derrota” certa, resta-nos o aprendizado: alguns lances geniais, medíocres ou desastrosos. Independente do incontestável final a que estamos sujeitos, diga-se que viver é muito divertido e vale a pena. E talvez (eu disse talvez), caso nos seja permitido jogar outras “partidas de xadrez” em nossas existências, esses aprendizados podem se somar e fazer com que joguemos cada vez melhor o grande jogo da vida. Até que um dia, talvez, enfim alguém (cada um?) se torna capaz de vencer a Morte. Talvez…

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Minhas lembranças de Copa do Mundo – parte 1

11 maio

A notícia de hoje, sobre a convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo, trouxe-me algumas lembranças sobre essa competição. Gostaria de falar sobre isso, sobre essas minhas lembranças (afinal, comentários sobre “a seleção do Dunga” já há muitos por aí).

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Quando criança, gostava muito de futebol. Hoje ainda gosto, mas talvez agora tenha perdido a paixão e o olhar encantado que outrora me fazia sonhar com esse esporte.

Nesses 30 anos de vida, e provavelmente uns 25 anos de gosto pelo futebol, recordo-me de ter assistido a seis Copas do Mundo. Desde que nasci, em 1979, foram disputadas sete competições, mas a Copa de 1982 eu não consigo me lembrar: justamente aquela em que se apresentou a melhor seleção brasileira desde que eu nasci. Em minha opinião, as seleções de 70, 58 e 82 (nessa ordem) foram as melhores representantes do futebol arte que agora pouco se vê no Brasil (e no mundo). Nunca as vi jogar “ao vivo”, mas os diversos videoteipes que já assisti assim me convenceram…

Mas estou divergindo. Voltando ao assunto sobre as Copas que assisti e me lembro, dentre as quais infelizmente não posso citar 1982. Nas competições seguintes, assisti a todos os jogos do Brasil, além de diversos jogos envolvendo outras seleções. A primeira delas foi, portanto, em 1986…

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