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Reflexões sobre o tempo

12 ago

Nós nascemos e fomos educados em uma sociedade de relógios, calendários e prazos. Isso é fato, não é?

Há poucos dias, soube da existência de culturas aborígenes que não têm relógios. E aí a gente se pergunta: então como é que eles medem o tempo? E a resposta é tão simples quanto o “sistema de horas” dessas culturas: existem apenas o “agora” e o “todos os demais tempos”.

E isso me fez refletir sobre a relatividade do tempo, essa medida dada pelos nossos relógios e calendários.

Você já deve ter vivenciado alguma experiência em que o tempo parecia suspenso. Em geral, situações assim costumam ocorrer nas ditas experiências místicas, nas experiências de transcendência (em que a nossa noção de “tempo linear” é um dos aspectos transcendidos).

Veja esse exemplo da relatividade do tempo: uma hora ao lado da pessoa amada pode “passar voando” como se fosse alguns minutos, enquanto que alguns minutos preso no congestionamento (ou qualquer outra situação desagradável “de sua preferência”) pode parecer uma eternidade. Fazer algo que gostamos geralmente nos confere essa sensação do tempo suspenso: “puxa, já faz todo esse tempo que estou fazendo isso?”. Penso que é uma situação desse tipo que está poeticamente retratada na bela canção Tarde em Itapoã: “E nos espaços serenos / sem ontem nem amanhã / dormir nos braços morenos / da lua de Itapoã“.

Nesses últimos dias, tendo que lidar com essa questão (sensação de falta) de tempo, essas reflexões vieram à tona. E um certo desejo de, pelo menos às vezes, ir além dos “padrões temporais” do mundo. Transcender… (em alguma Itapoã, de preferência).

Se você tiver tempo :-), pense nessas questões: Em que situações eu me esqueço do tempo? Que momentos atemporais eu já vivenciei? Quando tenho nítida consciência da passagem acelerada do tempo?

Sobre a Jornada Interior

9 nov

 

Não importa o quão distante eu viaje, não importa em quantos diferentes lugares eu procuro a felicidade. Porque a felicidade, a bem-aventurança, só posso encontrá-la dentro de mim. Minha bem-aventurança depende de mim, depende de eu atender (ou não) ao Chamado. A jornada mais longa (e a única que importa) é a Jornada Interior, a jornada para encontrar a mim mesmo.

About the inner journey

It doesn’t matter how far I travel. It doesn’t matter in how many different places I look forward for happiness. My happiness, my bliss, it only can be found inside me. My bliss depends on me, depends on me to answering (or not) to the Call. The longest journey (and the only one that really matters) is the Inner Journey, the journey to find myself.

Reflexões

4 nov

Nos últimos tempos, minhas leituras, meus pensamentos, minhas vontades e projetos (mais efêmeros, admito) se voltam para a literatura, para a mágica de se juntar palavras e construir um mundo (“e o Verbo se fez Carne e habitou entre nós”), despertar a imaginação ou incentivar os sonhos. É uma alegriazinha contida, essa sensação de vislumbrar um possível caminho, mesmo que não seja fácil de imediato. Eis o que aprendi, nessas minhas últimas reflexões: a literatura salva. Ou, antes ainda: sem literatura, o mundo nosso fica por demais cinzento, perde-se o combustível de sonhar. Mas essas são divagações minhas, que podem variar de importância e sentido conforme a proximidade e empatia que cada um tenha com a Alquimia do Verbo.

(For eventual readers around the world, following is an attempt of English translation)

Reflections

Recently, my readings, my thoughts, my wishes and projects (the most ephemeral ones, I admit) are all related to Literature, to the magic of join words and build a world (“and the Word became Flesh, and dwelt among us”), to awakening the imagination or to encourage our dreams. It is a “little happiness” in the cage, a glimpse of a possible path, even if it is not an easy path. Here is what I have been learning in my last reflections: Literature saves the day. Better saying: without Literature, our world becomes tremendously gray, and we loose the “fuel of dreaming” (our inner motivations). But this is only my divagation, and someone else’s opinion might be quite different (in importance and meaning) and depends on the proximity and empathy that each one has with the Alchemy of the Word.