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Minhas lembranças de Copa do Mundo – parte 1

11 maio

A notícia de hoje, sobre a convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo, trouxe-me algumas lembranças sobre essa competição. Gostaria de falar sobre isso, sobre essas minhas lembranças (afinal, comentários sobre “a seleção do Dunga” já há muitos por aí).

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Quando criança, gostava muito de futebol. Hoje ainda gosto, mas talvez agora tenha perdido a paixão e o olhar encantado que outrora me fazia sonhar com esse esporte.

Nesses 30 anos de vida, e provavelmente uns 25 anos de gosto pelo futebol, recordo-me de ter assistido a seis Copas do Mundo. Desde que nasci, em 1979, foram disputadas sete competições, mas a Copa de 1982 eu não consigo me lembrar: justamente aquela em que se apresentou a melhor seleção brasileira desde que eu nasci. Em minha opinião, as seleções de 70, 58 e 82 (nessa ordem) foram as melhores representantes do futebol arte que agora pouco se vê no Brasil (e no mundo). Nunca as vi jogar “ao vivo”, mas os diversos videoteipes que já assisti assim me convenceram…

Mas estou divergindo. Voltando ao assunto sobre as Copas que assisti e me lembro, dentre as quais infelizmente não posso citar 1982. Nas competições seguintes, assisti a todos os jogos do Brasil, além de diversos jogos envolvendo outras seleções. A primeira delas foi, portanto, em 1986…

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Reflexões sobre futebol

4 fev

 

Eu sempre gostei de futebol. Quando criança, essa paixão se manifestava de muitas formas: nas partidas quase diárias do campinho atrás do prédio em que morava, nas coleções de álbuns de figuras, no conhecimento da história das Copas do Mundo, ao assistir aos jogos (qualquer tipo de jogo) pela televisão, ou ao comparecer nas arquibancadas do Moisés Lucarelli. Aos poucos, essa paixão foi se abrandando. Mas, apesar do meu saudosismo em matéria de futebol, ainda aprecio muito o esporte.

Portanto, em que pese o assunto muito particular, e o provável desgosto de alguns eventuais leitores sobre este tema, pretendo falar um pouco sobre isso. Sim, futebol.

A rodada deste fim de semana que passou me fez rememorar a fatídica final do Campeonato Paulista do ano passado. Nova derrota da Ponte Preta para o Palmeiras. Ou, o que é pior: para o time “misto” (quase reserva) do Palmeiras, em Campinas. Seguiram-se algumas outras memórias a reboque. Em seus atuais 108 anos de história, o escrete alvinegro de Campinas ainda não se sagrou campeão em uma competição futebolística. Entre seus melhores desempenhos, destaco um terceiro lugar brasileiro em 1981 (quase-quase), cinco vice-campeonatos paulistas em 1970, 1977, 1979, 1981 e 2008 (quaaaaase), e um vice-campeonato do Campeonato Brasileiro da série B em 1997.

Enfim, torcer pela Ponte Preta (minha sina) tem sido assim até então. Não debutamos entre os seletos campeões de futebol dessa “pátria de chuteiras”.

Quando eu era garoto, entre meus 7 a 10 anos (meados e fim da década de 80), os meninos organizávamos um campeonato de futebol de botão, diversão que preenchia muitas tardes de nossas férias (e eventualmente, embora com menos freqüência, também os dias letivos). Naquela época, não me lembro de haver essa “febre” por clubes europeus, como se observa entre os garotos de hoje: Milan, Chelsea, Manchester, Real Madri, e afins. O futebol tupiniquim parecia estar mais em alta, e o jogo era um pouco mais romântico e bonito de se ver (note meu saudosismo, novamente). Por isso, cada garoto escolhia um clube nacional (geralmente o de sua preferência, ou algum outro grande time caso o seu já houvesse sido escolhido), sorteavam-se grupos, cruzavam-se os times, formava-se a tabela e então os jogos começavam.

Lembro-me então que, em uma das edições destas épicas disputas, certa vez cheguei à final do “campeonato brasileiro de futebol de botão da nossa vizinhança”, comandando orgulhosamente um punhado de botões da Associação Atlética Ponte Preta (como na maioria dos campeonatos em que então participei). Na outra metade do “estrelão” (nome dado ao campo do futebol de botão), estavam os botões do Clube Atlético Mineiro, comandados por um vizinho. E então, naquela fatídica tarde de verão, ocorreu a “batalha dos alvinegros”. Não me lembro exatamente o placar, lembro-me de ter feito alguns gols (e dá-lhe Chicão, o botão-centroavante da camisa número 9) e tomado outros tantos. E então, “crepúsculo de jogo”: “fecham-se as cortinas e encerra-se o placar” (como dizia Fiori Giglioti – haja saudosismo!). Por fim, a Ponte Preta foi… vice-campeã.

Sob nova e mesma direção

30 out

 

Após mais de um ano sem publicar um texto no blog, resolvi voltar. Para quem não me acompanhava anteriormente, este era o antigo Olhar Mutante (nem tão antigo assim, afinal foi “só” um ano e três dias…). A princípio, os textos que foram lá publicados serão mantidos.

Os motivos que me levaram a parar de escrever no blog foram muitos. Alguns são “motivos mais nobres”, como por exemplo: conclusão da pós-graduação, elaboração da monografia, muitas leituras (muitos livros bons nesse mundo), atividades na minha profissão, etc.

Outros motivos não são assim “tão nobres” e não vou nem comentar de vergonha como a preguiça, desculpa esfarrapada por não ter o que escrever, ocupar o tempo livre com jogos de computador, assistindo futebol na TV, bebendo cerveja pelos bares da vida.

Parece que foi há pouco tempo que havia parado, mas um ano é um tempo considerável. Nesse período, muitas coisas aconteceram: 2007 se transformou em 2008, a Ponte Preta quase-até-que-enfim-foi-campeã, perdendo (para meu sofrimento e de milhares de outros alvinegros campineiros) a final do Campeonato Paulista para o alviverde Palmeiras. Há um ano atrás, pouco se discutia sobre as eleições municipais no Brasil, cujo segundo turno se encerrou no último fim de semana. Tampouco se discutia quem seriam os presidenciáveis lá nas paragens dos Estados Unidos. Crise financeira ainda era pouco provável, agora só se fala nisso. Conheci lugares novos, aprendi alguma coisa diferente. E esqueci muitas outras coisas também, afinal um ano é bastante tempo (embora tenhamos a impressão de que seja pouco).

Durante esse um ano muitas vezes tive vontade de escrever (e algumas vezes até escrevi, embora não o tenha feito no blog). E assim, o tempo e a minha displicência permitiram que uma fina camada de poeira se depositasse lá, e umas teias reforçavam a denúncia de abandono. Algumas pessoas – dois ou três leitores que talvez sentiram a falta dos textos, provavelmente por não encontrar algo melhor para fazer – me perguntaram se eu havia abandonado de vez o ato de blogar. E eu dizia que em breve – um ano é breve? – voltaria. E voltei… na esperança de que seja eterno enquanto dure!

 

 

Enfim, eis a reinauguração do blog Olhar Mutante. Sob nova direção, por eu mesmo, já que não sou mais o mesmo.

 

 

E sejam bem vindos, incautos e raros leitores. Voltem sempre (ou pelo menos de vez em quando, vai…)